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Capsulite

ombro congelado

A Capsulite Adesiva, também conhecida como ombro congelado, é uma condição clínica que leva à diminuição de movimento do ombro associado à dor no ombro.

A Capsulite Adesiva ocorre em torno de 2 a 5% da população, sendo que as mulheres entre 40 a 60 anos são mais comumente afetadas. Pacientes com diabetes e outras comorbidades como doenças cardíacas, alterações endócrinas e doenças neurológicas possuem risco aumentado de terem Capsulite Adesiva do ombro.

A incidência de Capsulite Adesiva é de 2,3% em pacientes não diabéticos e 10,8 % em pacientes diabéticos.

A Capsulite Adesiva pode ser classificada como:

  • Primária: quando os sintomas aparecem de forma gradual e sem um evento que possa ter precipitado os sintomas. Habitualmente os pacientes procuram o consultório médico devido a rigidez do ombro.
  • Secundária: causada por um trauma, alguma cirurgia realizada no membro superior (braço, punho e mão) ou pelo uso prolongado de imobilização.

A Capsulite Adesiva é dividida em fases:

1. Congelamento ou fase dolorosa (leva de 3-9 meses). Intensa inflamação do ombro, braço e escápula com moderada perda de movimento do ombro e função associada à dor.

2. Congelado ou fase de transição (4-12 meses). Moderada a severa perda de movimento do ombro sendo a perda do movimento de rotação externa mais significativa, segundo pela perda de elevação e rotação interna do ombro.

3. Fase de descongelamento (12- 42 semanas). Melhora do arco de movimento pode ocorrer de maneira espontânea ou com medidas cirúrgicas ou não cirúrgicas.

A melhora pode ocorrer de maneira lenta e o retorno a função prévia do ombro pode demorar meses.

A radiografia do ombro auxilia apenas para excluir possíveis diagnósticos como tendinite calcárea, artrose do ombro e osteopenia.

A ressonância magnética pode apresentar sinais indiretos que podem ajudar a estabelecer o diagnostico de Capsulite Adesiva.

Tratamento não cirúrgico (realizar durante 06 meses no mínimo):

1. Anti inflamatórios não hormonais são prescritos para diminuir a dor na fase de congelamento.

2. Fisioterapia: aquecimento profundo, alongamento da cintura escapular e manipulação é muito efetivo no tratamento.

3. Anti inflamatórios hormonais (corticóide) leva a uma melhora mais rápida da dor e do ganho de arco de movimento.

4. Injeções com corticóides: é comumente usado para tratamento da dor do ombro da Capsulite Adesiva e a literatura demonstra uma melhora importante da dor do movimento e com alto índice de satisfação dos pacientes.

Tratamento cirúrgico: é indicado apenas em caso de falha do tratamento não cirúrgico, que deve ser realizado por no mínimo 06 meses. A cirurgia que normalmente é realizada é a artroscopia e esta não retira a necessidade de realizar fisioterapia no pós operatório durante um longo período.

A evolução da tendinite calcária pode ser dividida em 03 fases: pré-calcificação, calcificada e pós-calcificada.O diagnóstico é realizado por meio da radiografia, onde se identifica uma imagem de aproximadamente 1,5 a 2 cm de calcificação na inserção do tendão. A ressonância magnética pode ser útil para identificar lesões associadas ao manguito rotador.O tratamento não cirúrgico é realizado com anti-inflamatório orais, fisioterapia e injeções com corticoides locais. Esse tratamento leva à diminuição da calcificação em torno de 70% dos pacientes, sendo indicado o tratamento não cirúrgico durante o período de no mínimo 03 meses.A cirurgia é uma opção de tratamento, quando não se obtém sucesso no tratamento clínico. Atualmente, o procedimento de escolha é a artroscopia, por ser um método minimamente invasivo, onde é possível realizar a remoção da calcificação.

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